Cada vez mais as pessoas têm buscado e acreditado no poder dos procedimentos cirúrgicos. Isso porque estes procedimentos estão cada vez melhores, e com isso, oferecem resultados ainda mais satisfatórios, capazes de melhorar a autoestima de qualquer pessoa.

Atualmente, existem diversos tipos de cirurgias, desde as estéticas até às funcionais, que visam melhorar a saúde do paciente. Entre elas, há um tipo que vem se se tornando ainda mais popular a cada dia: a cirurgia íntima.

O que é cirurgia íntima?

Cirurgia íntima é como é chamado o procedimento cirúrgico feito na região dos genitais. Na maioria dos casos, é feita por mulheres (em sua maior parte) que querem melhorar o aspecto visual da vagina, ânus ou arredores.

Nos últimos anos a procura por cirurgia íntima teve um grande crescimento. Segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), o Brasil é líder em número de execuções deste tipo de cirurgia, com cerca de 21 mil procedimentos feitos por ano.

O incômodo com aparência da genitália é o principal motivo que leva as mulheres a procurarem pela cirurgia íntima, com o intuito de deixar seu corpo do jeito que sonhou e assim melhorar sua auto estima. Além disso, há casos em que a necessidade da cirurgia está associada à saúde e bem-estar da paciente.

Quais são os tipos de cirurgia íntima?

Entre os tipos de cirurgia íntima mais procuradas pelas mulheres estão a labioplastia, redução do monte de vênus, perinoplastia, himenoplastia, clareamento vaginal e rejuvenescimento vaginal. Por isso, neste momento vamos ver do que se trata e para quem é indicada cada uma delas.

Entre os tipos de cirurgia íntima mais procuradas pelas mulheres estão a labioplastia, redução do monte de vênus, perinoplastia, himenoplastia, clareamento vaginal e rejuvenescimento vagina

1. Labioplastia

Também conhecida como ninfoplastia, este tipo de cirurgia íntima é a mais procurada entre as mulheres e tem como propósito diminuir o tamanho dos pequenos lábios. Isto é, retirar o excesso que se projeta para fora dos grandes lábios e trazem incômodo para as mulheres. 

Essa insatisfação com a aparência da vagina faz com que algumas mulheres fiquem constrangidas durante as relações sexuais ou evitem se trocar em vestiários coletivos e vestir roupas mais justas. O fator autoestima é um dos principais contribuintes para o aumento deste tipo de cirurgia. E isso é bom, já que muitas mulheres ficam mais confiantes e satisfeitas com o seu corpo após o procedimento.

A mesma cirurgia também pode ser feita por questões de saúde, pois algumas mulheres que possuem os pequenos lábios grandes podem sofrer com incômodos e dores na hora do sexo. Isso porque durante a penetração, eles entram e saem da vagina, friccionando contra tecidos rígidos da pele. Além disso, o tamanho exagerado dessa região aumenta a chance de doenças fúngicas, como a candidíase, por exemplo.

Antes e depois da cirurgia

É recomendado que a paciente, juntamente com o médico, se programem para que a cirurgia seja feita logo após o período de menstruação, para que não haja risco de que a mulher não menstrue durante ou após a cirurgia, na recuperação. Isso porque a umidade na região pode contribuir para a demora na cicatrização da região.

A alta geralmente ocorre no mesmo dia, desde que não haja complicações (que são raras) como hematomas, infecções ou abertura dos pontos, por exemplo. Poderá haver inchaços no local, o que é normal após qualquer cirurgia. Mas a recuperação é rápida e simples, necessitando apenas que a paciente evite: 

Além disso, seu médico deverá fazer outras recomendações simples como:

2. Redução do monte de vênus

Monte de vênus é aquela região localizada acima do púbis, entre a vagina e o começo do abdômen, onde nascem os pelos pubianos. O que leva uma pessoa a realizar esse tipo de cirurgia íntima é o grande volume que pode haver nessa região, pois o realce se torna visível quando se utiliza roupas mais justas ou curtas, como calça legging ou biquíni, por exemplo. 

Uma situação bastante recorrente é a de mulheres que conseguem eliminar as gorduras do abdômen, ficando com a barriga “chapada” – seja por meio de treinos na academia ou procedimentos estéticos – mas que ainda continuam com a região do monte vênus volumosa.

Neste caso, para ajudar a diminuir o tamanho do monte de vênus, o médico pode realizar uma pequena lipoaspiração no local. No caso em que há grande variação de peso corporal, proveniente de grandes emagrecimentos ou gravidez, por exemplo, pode ser necessário retirar também a pele que fica flácida ou “sobrando” após a retirada da gordura.

Outras pessoas podem sentir o desejo oposto, o de aumentar o monte de vênus. Nesse caso, os médicos utilizam gordura do próprio paciente para fazer o preenchimento no local e dar mais volume para a região.

Recuperação

É possível voltar ao trabalho após o terceiro dia, desde que não haja esforço por parte da paciente, que também deverá evitar banhos quentes e demorados, assim como exercícios físicos e relações sexuais durante pelo menos 30 dias.

Durante o primeiro mês após a cirurgia também será preciso que a paciente utilize uma calcinha compressiva. Além disso, a drenagem linfática e ultrassom também devem ser recomendadas pelo médico para diminuir o inchaço e a fibrose. 

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3. Flacidez dos grandes lábios

Os grandes lábios vaginais são as estruturas macias, preenchidas por gorduras e que ficam localizadas ao lado da entrada da vargina, protegendo os pequenos lábios. A perda dessa gordura faz com que essa região fique flácida e com o excesso de pele. 

É comum que essa absorção da gordura ocorra quando a mulher se aproxima dos  40 anos da idade, pois ela também está associada com a perda de elasticidade e hidratação da pele. Para reverter essa situação, é recomendado que se faça a cirurgia de redução dos grandes lábios. 

Este tipo de cirurgia íntima consiste em retirar o excesso de pele e devolver o volume correto para os grandes lábios, por meio de preenchimento com gordura. Para isso, o cirurgião usa gordura das costas ou da barriga da paciente e coloca nos grandes lábios, melhorando seu aspecto. Em caso de flacidez, o indicado é usar laser para retrair a pele.

O pós operatório para este tipo de cirurgia íntima costuma ser tranquilo e sem muitas dores. Além disso, é comum que o médico receite alguns analgésicos para a paciente tomar durante a recuperação. Durante os primeiros 15 dias, a região apresentará um inchaço e roxidão, em alguns casos.

Após 3 dias já é possível voltar ao trabalho, desde que não haja esforço físico. É recomendado também que a paciente fique sem manter relações sexuais por cerca de pelo menos 30 dias. Mas estas e outras recomendações deverão ser repassadas para a paciente antes e depois da cirurgia, pelo seu médico, de acordo com sua situação. 

4. Clitoriplastia

Como o nome já sugere, a Clitoriplastia é uma cirurgia intima feita no clitóris da paciente, com dois principais objetivos: reduzir o seu volume e/ou aumentar sua área de exposição. Neste último caso, se trata de quando a pele cobre o clitóris, o que pode dificultar da mulher atingir o orgasmo.

O que pode ocorrer também é que o uso de algumas substâncias que tenham como base algum tipo de esteroide anabolizante pode provocar o aumento do clitóris. Além disso, algumas mulheres naturalmente já possuem essa região maior em relação à outras mulheres e que acabam recorrendo à cirurgia.

Para solucionar este problema, a clitoriplastia pode ser uma grande aliada. A cirurgia é considerada simples e tem uma duração bem rápida, comparada à outros tipos de cirurgia íntima. Para se ter ideia, dependendo do tipo de procedimento, a paciente tem alta no mesmo dia da cirurgia. A recuperação total (e retorno à atividade sexual) deve ocorrer entre 25 à 30 dias, de acordo com a orientação do seu médico.

5. Perineoplastia

Este tipo de cirurgia íntima é feito, principalmente, em mulheres que tiveram filhos recentemente, com o objetivo de fortalecer os músculos pélvicos, quando outros tratamentos não tiveram êxito. Isso porque muitas vezes o parto pode causar lesões no períneo (região localizada entre a vagina e o ânus), resultando em uma incontinência urinária, que é a liberação involuntária de urina pela uretra. 

A perineoplastia é recomendada no caso de mulheres que tiveram um parto normal (vaginal) e que sentiram que houve uma perda da sensibilidade durante o contato íntimo, incontinência urinária ou frouxidão vaginal, que não pôde ser resolvida com outros tratamentos ou exercício de kegel, por exemplo. 

No entanto, a perineoplastia também pode ser feita por questões estéticas, como no caso de pacientes que querem deixar a região mais “justa” e, por isso, acabam recorrendo ao procedimento. 

6. Himenoplastia (reconstrução do hímen)

Todas as mulheres possuem uma pequena pele, conhecida como hímen, na entrada da vagina, que se rompe na primeira vez que elas fazem sexo. Em muitas culturas, o hímen intacto é sinal não só de virgindade, mas também de pureza, e por isso são tão importantes para o casal.

A himenoplastia é um tipo de cirurgia íntima que une novamente as partes do hímen, como se a mulher voltasse a ser virgem. É claro que isso nada mais é do que um ato simbólico para o casal, que pode experimentar novamente a sensação de “primeira vez”. Por isso, é importante saber que não é possível sentir novamente o rompimento do hímen. Pois como dissemos, é algo simbólico.

7. Clareamento vaginal

Este procedimento, como o próprio nome já diz, visa amenizar o escurecimento dos lábios vaginais, causado por uma disfunção hormonal ou pelas características naturais da mulher. Ainda não existe um procedimento de clareamento específico para esta região. Por isso, ele é feito por meio das técnicas utilizadas em outras áreas do corpo. Assim, pode ser feito:

Embora o clareamento à laser seja o mais procurado entre as mulheres, procedimentos parecidos – e que podem ser incluído no pacote – também ajudam a clarear a virilha, grandes lábios e região perianal. Por isso, a combinação de alguns destes procedimentos podem trazer resultados ainda mais satisfatórios para a paciente, que deve sempre consultar um médico antes de se submeter à qualquer um deles.

8. Rejuvenescimento vaginal

O rejuvenescimento vaginal – também chamado de estreitamento do canal vaginal – é indicado, principalmente, nos casos em que a paciente tenha passado por partos naturais sucessivos ou por consequência da idade. Por isso, mulheres a partir dos 35 anos são as que mais procuram pelo procedimento.

Os fatores que mais incomodam essas mulheres é a falta de lubrificação na vagina (secura vaginal), sangramento e dor (dispareunia) depois do sexo, infecção urinária recorrente, incontinência urinária e dor durante a penetração. Tudo isso pode ter envolvimento com a situação em que as paredes da vagina se encontram no momento.

Para resolver este problema, é recomendado que a paciente procure um médico e veja se é possível fazer o rejuvenescimento vaginal. Este procedimento é feito através de laser e busca estimular a produção de colágeno na mucosa vaginal, devolvendo a firmeza e elasticidade aos tecidos do órgão genital. 

Embora o nome “rejuvenescimento vaginal” remeta à um procedimento estético, ele está mais relacionado à saúde e bem estar da paciente, já que o principal trabalho é feito na parte interna da vagina. Porém, nada impede que se combine com outros tipos de cirurgias – o que acontece muito, já que a maioria das mulheres querem dar um “up” geral na região.

Quando a cirurgia íntima é recomendada?

A cirurgia íntima feminina pode ser recomendada por motivos estéticos e físicos, sempre buscando melhoras na qualidade de vida

A cirurgia íntima feminina pode ser indicada nos seguintes casos:

Vale lembrar que, só após os 18 anos, quando a genitália está desenvolvida por completo, as cirurgias estéticas da região íntima feminina são permitidas.

E, antes de fazer uma cirurgia, seja para rejuvenescer ou reconstruir a vaginal, é vital que a mulher pense um pouco sobre o assunto, converse com seu parceiro (se tiver) e um médico de confiança para tirar todas as suas dúvidas sobre, os resultados que deseja e o pós-operatório.

Como é feita a cirurgia plástica íntima?

Dependendo do tipo de cirurgia, leva cerca de duas horas para ser concluída. A paciente recebe alta no dia seguinte para que possa ir para casa e voltar ao trabalho dois dias depois, caso a sua função não exija muito esforço físico.

O médico mais adequado para fazer a cirurgia íntima feminina é o ginecologista especializado em cirurgia plástica, ou o urologista para os homens. Não existe um procedimento padrão que seja melhor para cada caso; em vez disso, o tipo de procedimento utilizado em cada cirurgia é determinado pelo médico.

Alguns cuidados após cirurgia íntima

Igual a qualquer tipo de cirurgia plástica, a recuperação é um ponto crucial para cicatrização, redução de edema e até para o corpo absorver melhor as alterações que foram feitas.

Igual a qualquer tipo de cirurgia plástica, a recuperação é um ponto crucial para cicatrização, redução de edema e até para o corpo absorver melhor as alterações que foram feitas.

Por esse motivo, é vital ter em mente que o pós-operatório é uma etapa crucial para o sucesso da cirurgia. Veja algumas dicas que, quando seguidas, levam a bons resultados:

Fique atenta ao dia da cirurgia 

Apesar de estarem lidando com o pós-operatório, as condições de recuperação também serão determinadas pela forma como a cirurgia é agendada.

O ideal é agendar logo após a menstruação para evitar que a mulher menstrue após a cirurgia, o que poderia prejudicar a cicatrização devido à presença de umidade na área.

Higienização

Manter a região íntima limpa é crucial para a sua recuperação. Aconselha-se que a paciente limpe a área com água morna e sabão neutro por, no mínimo, duas vezes ao dia para manter a região livre de bactérias que possam causar infecções.

Também não é aconselhável que uma mulher tome banho de mar ou piscina por pelo menos 21 dias durante esse período.

Roupas leves 

A paciente deve usar roupas íntimas de algodão largas e folgadas para manter a área bem arejada, o que ajudará o processo de cicatrização ocorrer em 30 dias (com segurança).

As roupas devem ser leves e confortáveis. Usar roupas mais justas após a cirurgia pode prejudicar a região íntima e acentuar hematomas que já estão causando dor e desconforto na mulher.

Uso de protetores diários

É bem provável que o médico aconselhe o paciente a usar protetores íntimos diários. Esses protetores ajudam a área vaginal a não infeccionar, reduzir facilmente hematomas e inchaços e manter um ambiente limpo.

O uso do protetor dura a primeira semana se a paciente seguir todas as instruções pós-operatórias. Se o médico notar alguma irregularidade, é possível que ela continue usando até que os lábios possam sofrer uma regeneração adequada.

Relações sexuais e atividades físicas

O repouso precisa durar 30 dias, pelo menos. É vital evitar atividades físicas ou ter relações sexuais durante esses 30 dias para evitar o risco de desenvolver equimoses, que são manchas roxas causadas pelo vazamento de sangue de uma veia, além de causar danos aos pontos.

Medicação

O médico pode aconselhar o uso de medicamentos como anti-inflamatórios, analgésicos e antibióticos,. E, também é essencial que a medicação seja prescrita pelo cirurgião responsável para evitar erros de dosagem ou quaisquer outros problemas que possam comprometer a recuperação da paciente.

Nos primeiros dias (logo após a cirurgia), é aconselhável que a paciente passe pomadas, que também são prescritas pelo médico e ajudam na cicatrização.

Cicatrização

Além de medicamentos, repouso e restrições à atividade física, há certos tipos de cuidados que também ajudam no processo de cicatrização. Tais como, aplicar compressas frias na área pelo menos três vezes por dia.

Esta técnica ajuda a reduzir os inchaços e pode diminuir o desconforto.

 

Quais complicações podem ocorrer?

É sempre bom enfatizar que toda cirurgia apresenta riscos, ainda mais se a paciente desobedecer a alguma das orientações médicas listadas acima. Com isso, ela ficará vulnerável a possíveis infecções ou problemas de cicatrização.

Em relação à decisão de realizar a cirurgia plástica, há outras considerações essenciais. Um bom profissional será responsável mais do que apenas pela operação; eles também têm o papel de orientá-la em direção a um regime de cuidados pós-operatório eficaz que será essencial para o sucesso de sua cirurgia.

Sendo assim, preste muita atenção a todas as instruções do seu cirurgião e tome todas as precauções necessárias após a cirurgia. E, se houver algo fora do normal enquanto estiver se recuperando, procure o cirurgião que realizou sua cirurgia e peça uma avaliação.

Contraindicação

Não há contra-indicações absolutas para a cirurgia íntima feminina. Mas, as mulheres com doenças crônicas como diabetes, hipertensão e insuficiência cardíaca devem evitá-la, como qualquer cirurgia.

Pacientes com infecção ativa na área ou com corrimento devem receber tratamento antes da cirurgia. Há também uma recomendação específica para fumantes. Porém, para uma boa cicatrização, é vital a abstinência por cerca de 30 dias.

E também, mulheres com pressão alta, diabetes ou asma precisam ser avaliadas quanto aos riscos da cirurgia.

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